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Uma cerveja para cada pessoa

Uma cerveja para cada pessoa

Nosso paladar está sempre julgando os sabores. No mercado cervejeiro não seria diferente, as opiniões vão desde uma cerveja ser azeda demais, amarga de menos, doce em excesso ou tantas outras características sensoriais, com percepções únicas de cada indivíduo.

Olhando para a história da cerveja poderíamos contar a história da humanidade e do domínio dos alimentos e bebidas, passando desde o domínio do fogo, cem mil anos atrás, até as técnicas cheias de inovações e tecnologias que temos hoje.

A nossa busca por sobreviver nos fez desafiar a natureza, mas também nossa busca por prazer nos fez observar cada pequeno detalhe. E destas ações e vivências, tão peculiares aos seres humanos, temos como resultado um mundo cada vez mais personalizado ao gosto de cada um.

O que mudou?

Na cerveja, desde o mingau, passando pelas pirâmides do Egito, chegando nos gregos, idade Média, Moderna e Contemporânea, muitas foram as evoluções da bebida. Ao que parece, desde sempre estamos buscando evoluir e sanar nossas vontades e sabores. Deixando o passado para trás e carregando os conhecimentos acumulados.

Depois da descoberta dos microrganismos, já no século XVII, conseguimos dar um passo importante, controlando e conduzindo os sabores que são referentes à fermentação. Começamos uma nova etapa de construção dos estilos, diferenciando pelos ingredientes, técnicas e fronteiras, trazendo muita personalidade para cada diferente cerveja.

Depois da revolução industrial, a cerveja sai do âmbito caseiro e se transforma em um bem de consumo rentável e da massa. Neste momento, era preciso agradar a todos os paladares e bolsos, com isso as cervejas mais populares, um pouco insossas e sem nenhuma personalidade, mas fácil de beber inundam o mercado.

Em qual categoria você se encaixa?

Foram nos anos 1980 que começamos a organizar as categorias cervejeiras, uma taxonomia de receitas. Brassamos tentando seguir à risca os estilos tradicionais, padronizando o consumo e criando memórias e laços fortes. No Brasil chamamos de "Escola Cervejeira" essa gama de estilos conectados as culturas cervejeiras de regiões Européias e mais recentemente Americana.

Para definir os parâmetros são usados os guias da Brewers Association (LINK) ou do BJCP (LINK), mas cada cervejaria dá um toque para se diferenciar, sem sair das linhas. Essas regras de estilos, atualmente, servem como guia para o cervejeiro, mas não são uma prisão.

Em versões mais modernas da história, fomos capazes de criar sabores diferentes, tentando trazer mais identidade e mais empatia. Com o conhecimento modificamos o que era apenas um produto mainstream ou tradicional e clássico, em uma gama de possibilidades.

Muitas cervejarias estão deixando de lado a necessidade de ter todas as regras estritamente seguidas, agora se preocupam mais com o consumidor e seu gosto, produzindo a cerveja mais alinhada ao que o cliente quer beber. Cervejas cem por cento dentro dos parâmetros acabam ficando mais para as chamadas de "cerveja de entrada" e competições oficiais, onde cada rótulo é avaliado seguindo os indicadores do estilo.

User experience cervejeiro

Nos dias de hoje  falamos em UX, a experiência do usuário para tudo que se pode ver, tocar e sentir, inclusive cerveja. Conseguimos desenhar uma receita baseada em dados regionais, culturais, sociais ou econômicos. Nos dê os dados, que fazemos acontecer.

Isso resulta em melhores experiências e como estamos falando sobre sabor, deriva memórias deliciosas e potentes, com altas chances de sucesso. O novo consumidor muda conforme muda a cultura cervejeira. Antes desatentos, agora degustadores com uma lista enorme de check ins no Untappd, pontuações em sites diversos, caderneta à moda antiga e todos os dados e ferramentas que antes não tínhamos como medir, sendo apenas cervejistas.

O mundo está caminhando para a personalização, para alguns a chamada gourmetização. Todas as indústrias estão tentando tornar os produtos a cara do cliente. Esse é o atual diferencial, e como a oferta é muito grande, cada vez mais as indústrias vão aumentar o portfólio para conseguir tocar o coração daquele ser único, com gostos tão particulares.

Podemos comparar isso ao fenômeno que começou em meados de 2007 com empresas como Netflix e Amazon, usando algoritmos de inteligência artificial para tentar encontrar o conteúdo ou produto que o consumidor tinha interesse e já vimos como isso evoluiu muito de lá para cá.

O chamado Behavioral Targeting, aquele fenômeno que ocorre quando você navega na internet em um produto do seu interesse, depois ele fica te perseguindo por onde você navega, está em todas as coisas - chegando a se tornar algo chato. Esse fenômeno de personalização acabou migrando para tudo e todo mundo quer ter a vida com a sua cara, é o plano individual e premium da academia, o café personificado, o hambúrguer, a roupa "made for you", etc…

Então isso tinha que chegar na cerveja em algum momento, o processo de produção é algo bem complexo e que leva bastante tempo, mas é possível achar as soluções. Temos possibilidade de fabricar produtos que atendam os gostos de grupos de consumidores bem específicos, essa é a nova tendência.

Qual o diferencial de se fazer uma cerveja personalizada?

O retorno, a recompra, a paixão, o envolvimento de se criar algo para que realmente funcione e traga a sensação de completude. O paladar olha para a cerveja e confia que aquela é do seu gosto!
Para isso, é importante ter em mente que esse sucesso esteja diretamente relacionado à qualidade e não à quantidade. Leve ao consumidor o que ele quer e ele retornará, brindando.

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